Influenciadores do Facebook, Twitter, Instagram, YouTube, Twitch estão aderindo à rede #VamosPararoBrasil criada neste sábado, 21, para ampliar a divulgação das informações e alertas nas redes sociais sobre os riscos do novo coronavírus.
A iniciativa veio de Rolandinho, do canal Pipocando no YouTube, e já conta com apoio de mais de 800 influenciadores de diversas plataformas da internet, segundo ele. O link para que influenciadores se inscrevam em apoio ainda está aberto, e para participar é necessário ter, pelo menos, mil seguidores em alguma rede social.
"Vamos usar nossa capacidade de comunicação para ajudar! Fale comigo, vamos nos organizar. Precisamos sair da nossa "bolha" e atingir o máximo de pessoas possível! Diante de uma crise iminente, com consequências GRAVES e que pode ser controlada por NOSSAS ATITUDES, todos nós do Pipocando nos comprometemos a usar nossas plataformas para comunicar e ajudar! Estamos nos organizando com outros influenciadores numa corrente de conscientização!", escreveu Rolandinho em um tweet.
A campanha, em desenvolvimento, pede que influenciadores respondam a um formulário com o número aproximado de seguidores, faixa etária alvo, tipo de conteúdo, além da plataforma a qual pertence e um e-mail para contato.
Alguns influenciadores como Nath, do canal "Nath Finanças", Nilce Moretto do canal "Cadê a Chave?", Mauro Nakada, Carlinhos do canal "Realidade Americana", e muitos outros já responderam ao tweet acima favoráveis à campanha.
O que defende o movimento?
Nossa redação teve acesso ao texto enviado aos e-mails dos influenciadores que se cadastraram para receber as coordenadas da campanha e que esclarece a divulgação sobre. O manifesto reforça a criação da "renda básica emergência" mensal no valor de R$300 reais por pessoa, por 6 meses, que contemple as 77 milhões de pessoas mais pobres do Brasil - aquelas que têm renda familiar inferior a 3 salários mínimos. A proposta, inclusive, fazia parte das planejamento do presidente Jair Bolsonaro na sua candidatura à presidência em 2018.
O Ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou na última sexta quarta-feira, 18, antes da repercussão deste movimento, que o governo iria auxiliar os autônomos em 200 reais. Guedes ainda acrescentou que "Essas pessoas que estão hoje absolutamente desassistidas estão em cadastro, uma turma valente que sobrevive sem a ajuda do estado e de repente eles são atingidos. Precisam ter recursos para a manutenção básica. Serão 5 bilhões por mês, por três meses, R$ 15 bilhões [no total]" – afirmou o ministro.
Rolandinho, do canal Pipocando, que está à frente da divulgação da campanha para os influenciadores digitais, argumenta que especialistas de várias áreas estão trabalhando juntos na organização, e diz que é possível aumentar o valor em 100 reais: "(...) com menos burocracia, é possível aumentar esse valor e ainda atingir o dobro de pessoas, pelo dobro de tempo." escreveu.
Também foi disponibilizado o site oficial da ideia, rendabasica.org.br, a qual o movimento e mais 100 organizações da sociedade civil e economistas defendem.
Por fim, o texto do movimento sugere o vídeo do infectologista Átila Lamarino, doutor em biologia e infectologista que fez uma transmissão ao vivo nessa sexta, 20, no seu canal no YouTube, em que explica a gravidade da pandemia de Coronavírus em alguns países como China, Inglaterra, Estados Unidos e Brasil, com números e comparações técnicas por mais de 1 hora. De acordo com Átila, caso o governo não intensifique esforços, o Brasil pode registrar cerca de 1 milhão de mortos até o fim do mês de agosto.
Veja na íntegra o manifesto:
